domingo, 15 de novembro de 2009
Marcelo Tas fala sobre a mágica da interatividade na internet
Jornalista e apresentador do programa CQC, da Band, Marcelo Tas já é bastante conhecido pela atuação em programas de rádio e TV. Mas o homem de preto também é um viciado no mundo da internet. Um exemplo disso são os seus seguidores no Twitter, que hoje somam quase 500 mil.
Por dentro da web há pelo menos 20 anos, Tas conta durante entrevista com o eBand como é sua relação com a tecnologia, como a internet ajuda em seu trabalho e ainda como é a interatividade com o público do programa a partir de ferramentas como blogs.
Segundo o apresentador, a mágica da internet vem da possibilidade de acompanhar tudo o que falam. “O Twitter nada mais é do que uma máquina de ouvir”, afirmou.
Desde quando você se interessa pela internet como meio de comunicação com o público?
Faz muito tempo. Eu estava estudando nos EUA em 1988 quando foi iniciado na Universidade de Nova York o departamento de mídias interativas. Lá eu naveguei pela internet pela primeira vez e aquilo me deixou muito interessado. Desde então, eu fiquei muito ligado, trouxe até um atlas da web, com os endereços da internet da época. Eu comprei um computador e vi que era possível navegar pela informação, fazer buscas e recortar as notícias.
Que tipo de aparelhos você utiliza hoje para se conectar?
Utilizo um laptop, mas principalmente o smartphone. Eu viajo com ele e gravo todos os meus documentos em um servidor remoto, que é uma nuvem. Dessa forma eu tenho acesso de qualquer computador.
Quanto tempo você passa conectado?
Passo o dia inteiro conectado. Eu e todo mundo, pois não existe mais essa de não estar online. Coisas como o apagão, por exemplo, nos mostram isso. Você fica sabendo do acontecimento por alguém que estava ali com o celular do seu lado, pelo Twitter, ou por outra mídia.
Desde quando você possui uma ligação com o Twitter?
Desde 2007. Mas comecei a usar ainda mais em 2008, depois do começo do CQC. Eu percebi que quando eu chegava em casa podia fazer uma busca pelo CQC e saber tudo o que falavam durante o programa. Foi a primeira vez que eu, que faço televisão há tanto tempo, ouvia o que as pessoas falavam enquanto eu estava no ar.
As pessoas acompanham, dão sugestões, fazem críticas?
Bastante. Para mim, o Twitter é mais do que qualquer coisa, uma ferramenta para ouvir. As críticas são o que mais me interessa. Quem não gosta é o que mais fala - mas é claro que eu separo os que têm uma crítica construtiva dos que são apenas chatos. É possível ver o que essas pessoas seguem, o que elas gostam. Mas também existem críticas que nos ajudaram. No começo do programa, por exemplo, havia uma crítica do posicionamento das câmeras, que balançavam muito. Corrigimos isso.
No Twitter também tem sugestão que vira pauta no programa?
O tempo todo acontece isso. Inclusive nós creditamos as pessoas que mandam sugestões, muitas para o Top Five. Quase o tempo todo nós recebemos coisas legais, pois cobrimos coisas recorrentes, como denúncias. As mídias digitais possibilitam o cidadão a fazer o programa, não existe mais o cidadão passivo. A empresa que não entender isso está fora do jogo. As empresas impermeáveis à critica, que não têm o hábito de ouví-las, estão acabando. Eu, que venho de um veículo surdo como a televisão, acredito que é importantíssimo acompanhar as críticas.
O Twitter ajuda a combater a falta de tempo?
Sim, pois a “maquininha” pode ajudar a organizar a informação. Para mim, o sucesso do Twitter vem daí. Ele consegue organizar uma montanha de informação: é possível, por exemplo, escolher uma tag [termo] de um assunto que estou seguindo, me ajudar a ganhar tempo.
A internet é o presente ou o futuro das mídias?
Para mim o futuro não existe. As mídias digitais são o presente e acho que é um erro discutir o futuro. A gente aprendeu a conviver com a internet, isso é involuntário. Até para pagar uma conta, mesmo que pelo caixa do banco, é preciso estar conectado. Todos nós estamos na rede, mesmo quem não sabe que a rede existe. Estamos mudando de estado, de analógico para digital, e tudo foi para a rede. Isso não aconteceria se não tivesse a revolução digital. Hoje o programa CQC, por exemplo, não sai mais do ar. Ele fica sete dias por semana na web, por meio de blogs, vídeos e ainda pelo eBand.
Fonte:http://www.band.com.br/jornalismo/tecnologia/conteudo.asp?ID=221917
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