Humor sem censura: humorista em passeata na avenida Atlântica
Um grande elenco do humor se reuniu na tarde deste domingo na praia de Copacabana para a passeata contra a limitação imposta pela lei eleitoral que proíbe sátiras a candidatos durante a campanha. A caminhada, que começou em frente ao Copacabana Palace, contou com a participação de dezenas de profissionais do riso, como Danilo Gentili, do CQC, e Helio de La Peña e Marcelo Madureira, do Casseta&Planeta.
Durante a manifestação, organizada pelo grupo Comédia em Pé, os humoristam exibiram uma série de cartazes taxando a medida de censura. Recentemente, os humoristas iniciaram uma onda de protestos através de redes sociais, como o Twitter, para mobilizar a opinião pública em torno de uma mudança na lei. ( Leia mais: Leitores do GLOBO não concordam com restrição ao humor )
- O humor é uma outra visão das coisas. É uma visao mais brincalhona, que humaniza os candidatos - disse durante a passeata Beto Silva, outro do Casseta&Planeta presente.
- Essa é a função do humor. Ele gera a curiosidade sobre um tema, e então as pessoas buscam se informar - reforçou, por sua vez, Helio de La Peña.
Também participaram da manifestação, entre outros, Sabrina Sato, do Pânico na TV, Sérgio Mallandro e Bruno Mazzeo.
A lei eleitoral, aprovada em 1997, proíbe que "emissoras de rádio e TV usem trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação". Para alterar a lei, especialistas apontam dois caminhos. O primeiro seria mudar o texto original, o que exigiria a aprovação no Congresso. Por ser período de campanha eleitoral, a alternativa é considerada quase inviável, por exigir a mobilização de políticos que serão alvos preferenciais dos humoristas.
A segunda opção seria recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo uma declaração de inconstitucionalidade do trecho da lei eleitoral relacionado ao humor.
Os organizadores da passeata redigiram um manifesto pedindo o fim da censura às piadas. Para eles, "as restrições impostas aos profissionais do humor são francamente inconstitucionais, uma forma arbitrária e espúria de censurar".
Fonte:O Globo
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