A terceira temporada do CQC estreou na segunda-feira com uma polêmica logo no primeiro programa. O quadro "Proteste Já" foi impedido de ir ao ar por meio de ação impetrada pela prefeitura de Barueri e assinada pela juiza Nilza Bueno da Silva.
A reportagem de Danilo Gentili, com 25 minutos de duração, mostrava o destino dado a uma doação feita pelo programa. No ano passado, o CQC doou de forma anônima uma televisão a uma escola municipal da cidade. Com auxílio de um GPS instalado dentro do aparelho, o programa descobriu que a doação tinha sido levada para a casa da diretora da escola.
Segundo Marcelo Tas, a liminar foi obtida porque a prefeitura alega que não teve direito de resposta. O apresentador desmentiu e evocou o nome do programa, dizendo que a reportagem será exibida "custe o que custar".
A Band afirma que vai trabalhar para ter o direito de exibir a reportagem.
No primeiro programa do terceiro ano, o CQC obteve 4,4 pontos de audiência e empatou com o SBT em terceiro lugar. Cada ponto corresponde a 60 mil residências na Grande São Paulo.
Quando estreou no Brasil, em 2008, o CQC recebeu merecidos elogios. Fazia-se ali um jornalismo diferente, com humor e escracho. O programa enfiou o dedo nas feridas da política nacional como não estamos acostumados a ver. Ironizou celebridades sem a falta de educação do Pânico na TV.
Segunda-feira, na estreia do terceiro ano, o CQC confirmou aquilo que o segundo ano já mostrava. A criatividade acabou e levou com ela a graça e o frescor da atração. "Luque Responde", um dos quadros novos, é tão sem graça que chega a ser constrangedor. O enfadonho "CQTeste" inexplicavelmente continua no ar, motivo de ironias até do trio de apresentadores. O humor de alguns dos repórteres tornou-se óbvio.
O CQC deixou de ser interessante. Tentou se renovar, mudou quadros e cenários, mas virou uma cópia malfeita daquele que nasceu como o melhor programa da TV.
Lamento, a graça acabou
Marcelo Tas à frente da equipe: "Proteste Já" não pode ir ao ar
Fonte:Destak Jornal
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