terça-feira, 23 de março de 2010

Após desistir de ação,prefeito de Barueri chama integrantes do CQC de 'babacas'

Uma reportagem proibida pela Justiça de ser veiculada na semana passada, a pedido da Prefeitura de Barueri, será a principal atração do programa “Custe o Que Custar” (CQC) que vai ao ar nesta noite, às 22h15, na Band. A matéria mostra o suposto desvio de um aparelho de TV doado à Prefeitura de Barueri, na Grande São Paulo. De acordo com texto publicado no site da Band, a equipe do programa utilizou um GPS instalado dentro do aparelho para rastreá-lo, e constatou a presença do equipamento na casa da diretora de uma escola da cidade.
Em entrevista ao CQC, o prefeito Rubens Furlan (PMDB), que desistiu da ação na última quarta-feira, 17, explica que, ao contrário do que alegou o programa na semana passada, a decisão de entrar na Justiça contra a reportagem não configura censura prévia:
“Não foi censura. Minha secretaria jurídica que viu essa estupidez de vocês, vocês são uns babacas, sem nenhum talento, uns tontos, malandros, que se veem no direito de ridicularizar o congresso. Quem são vocês? Quem são vocês?”, diz o prefeito em tom desafiador, para em seguida tecer um discurso sobre seus esforços para estabelecer a democracia no País.

O repórter Danilo Gentili, que substituiu Rafinha Bastos no quadro Proteste Já, entrevista o prefeito Rubens Furlan (PMDB).

No despacho em que proibiu a veiculação da reportagem, a juíza Nilza Bueno da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Barueri, afirmou que “há alegação do Município de Barueri de que o programa ‘CQC’ pretende veicular matéria contendo inverdades e de conteúdo até sensacionalista”. Detalhe: a juíza não assistiu à matéria.
Sem a reportagem, que faz parte do quadro Proteste Já, na estreia da temporada 2010 do programa, o apresentador Marcelo Tas soltou a carga contra a decisão. “Isso configura uma coisa bastante clara chamada censura e significa que estamos no caminho certo”, afirmou, da bancada do CQC. “Eles alegam que nós não demos o direito de resposta, o que é uma coisa absurda porque a matéria ainda não foi ar e também porque as pessoas acusadas foram ouvidas, por isso que o nome disso é censura”, completou Tas.

Fonte:Estadão

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