domingo, 20 de setembro de 2009
Crítica: Jornalismo e humor marcam "CQC"
"CQC" foi o grande destaque das novidades da programação da TV brasileira nos últimos anos. Marcelo Tas, Marco Luque, Rafinha Bastos e companhia vivem um bom momento na Rede Bandeirantes.
"CQC" não é puramente humorístico. O programa reúne jornalismo e humor. As reportagens de Rafinha Bastos, no quadro "Proteste Já", marcam o estilo que o diferencia do concorrente "Pânico na TV". O repórter já mostrou denúncias que envolviam funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Cotia, um possível esquema nos cemitérios de Brasília, a falta de transporte escolar em São Paulo e no Paraná, entre outras "barbaridades". Tal linha de investigação desapareceu nos noticiários locais. "SPTV" que o diga.
O repórter Rafael Cortez também trilha o caminho mais jornalístico. O jornalista cobre, corriqueiramente, eventos e reuniões que contam com a participação dos presidentes da América Latina. Cortez até já é reconhecido por Cristina Kirchner. O formato original do "CQC" é argentino. A presidente da Argentina já revelou que gosta mais dos homens de preto brasileiros....
O lado mais humorístico fica com Danilo Gentili e o "pequeno pônei" Oscar Filho. Atualmente, Gentili encara os deputados no Congresso Nacional. Faz perguntas relativas ao noticiário e muitos revelam desconhecimento total. Recentemente, o humorista foi agredido por seguranças do senador José Sarney (PMDB/AP) quando tentava se aproximar do político. Nesta semana, Gentili comandou a interessante matéria sobre pedofilia na internet. Um rapaz e uma moça, maiores de idade, mas que aparentavam ter 15 anos, encararam os pedófilos no mundo virtual. O comediante acompanhou todo o bate-papo que envolvia cenas de ereção pela webcam. Alerta para os pais.
Além das matérias, o quadro "Top Five", desde a estréia, alavanca o "CQC". Os momentos mais inusitados da TV brasileira passam nos domínios de Marcelo Tas. A "mini petis" Maisa Silva era a rainha consagrada do espaço. Hoje, o programa não captura os momentos nonsenses da criança, desde o imbróglio entre Maisinha e Silvio Santos. O "CQC" prestou solidariedade à menina. A culinarista Palmirinha Onofre e seu amiguinho Huguinho também batem cartão nas pérolas.
"CQC" mostra que é possível fazer um programa que valorize a consciência crítica do telespectador.
Por: Fabio Maksymczuk de Almeida Brito* no Portal Imprensa
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