sábado, 19 de setembro de 2009

O humor de cara limpa de Danilo Gentili


Quando o programa "Custe o que Custar" entrou no ar, em 2008, uma nova geração de humoristas brasileiros foi apresentada ao grande público. Entre vários talentos, desponta-se Danilo Gentili, um dos ‘homens de preto’, que desembarca este fim de semana em Belo Horizonte para mostrar um outro viés de seu trabalho, neste caso, nos palcos.

O comediante apresenta seu espetáculo de stand-up comedy - gênero em constante crescimento no país, no qual o artista não utiliza objetos de cena e figurinos, e não cria personagens, tendo auxílio apenas de um microfone - no Minascentro, dentro da programação do projeto "Mercado do Riso".

Em entrevista ao Fim de Semana, Gentili afirma que sua atração pelo humor aconteceu de forma espontânea, desde muito cedo. "Sempre fui um consumidor de humor, em filmes, revistas, livros. Gostava desde pequeno de coisas que me faziam rir e de fazer os outros rirem. Fui aquele cara na escola que fazia piadinhas, que deixava recado no caderno dos outros", conta Gentili. "Mas acredito que humor é uma tendência natural que nascemos com ela", opina.

O humorista conta que começou sua carreira na comédia escrevendo em um blog. "E do blog pulei para os shows em bar e, algum tempo depois, já estava no teatro", conta o comediante.
Gentili garante que no seu espetáculo procura ser o mais natural possível e abordar temas do cotidiano. "Para mim, o primordial é ser o mais autêntico possível", afirma. "Nunca parei para pensar no meu estilo, mas tento ser o mais natural possível e estabelecer uma relação de honestidade com a plateia. Não sou mascarado, não quero fingir que sou o cara legal, o ‘showman’. O que eu tento passar é a realidade da pessoa comum, falo da minha vida, que acaba sendo a vida de todo mundo. Na verdade, mostro que sou mais uma pessoa que podia estar naquela plateia."

O humorista reconhece que o sucesso do "CQC" colabora para aumentar seu público no teatro. "Agora muito mais gente conhece o meu trabalho", afirma ele, ressaltando as semelhanças e diferenças entre os dois ofícios, no palco e na TV. "No teatro, por um lado, é mais difícil, não tem edição, sou eu sozinho segurando o público. Em compensação, falo o que eu quero, do jeito que eu quero, ninguém edita, o anunciante não reclama. No ‘CQC’ eu só tenho controle enquanto a câmera está ligada, algumas vezes vai para o ar, outras não. Agora, ambos demandam raciocínio rápido, criatividade e improviso."

Fonte O Tempo

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